quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ética Política

A Política e a ética fazem parte da nossa realidade. É um dado de fato, existem. Ora, diante da realidade, nós só temos uma alternativa: ou estamos passivos diante dela ou a acolhemos (que a realidade ética possa ser negada é somente uma ilusão política perigosa).
Estar passivos diante da realidade ética, no caso da ação política, significa entender e praticar a relação social de poder como uma espécie de mecanismo de transferência pessoal de alguns valores e princípios de um lugar para outro, ou pela imposição ou por persuasão. A maneira com a qual muitas vezes estudamos a ética na política parece muito com a transferência de um conjunto de objetos de um espaço, o espaço pessoal de que detém o poder, para um outro espaço, o da mente do cidadão, onde esses objetos transitam, para, no devido tempo, serem transferidos para um novo espaço, espelhando a visão do dominador (político). Assim, a maior parte dos ideais, se perde na "terra de ninguém", ou de um único alguém. Nesse tipo de movimento, a mente e o coração da pessoa são implicados muito superficialmente. É como encher uma banheira de água: depois que nós destampamos a saída, a banheira fica úmida por um tempo e depois não fica nenhum resto de água. Sobra, simplesmente, a nostalgia do Ideário; a empírica visão de uma sociedade mais justa, mais ética e mais fraterna. Evidentemente que para tantos estou exagerando, mas não estou muito longe da verdade.
"Acolher" a realidade, nestes termos, significa "assumi-la", comprometer-se, envolver-se com ela, deixá-la entrar e, sobretudo deixar que ela modifique o nosso espaço interior (uma coisa depositada num quarto não modifica o quarto, mas uma semente plantada no chão o modifica). É este interesse que torna cada atividade nosso inclusive a vivência ética, elemento autenticamente humano. A realidade política nos interessa, tem a ver conosco, toca-nos no fundo. Mas, sem o conteúdo de uma ética verdadeira, a política torna-se mesquinha, fica distante da VERDADE POPULAR.
Assim é necessária uma discussão da realidade política atual, pautada na ética, não a ética do dominador e ou de quem o serve. Mas, a ética na visão comportamental do CIDADÃO, para que as pessoas possam reacender em si, o interesse pela atividade política.

 

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

HISTÓRICO DO MUNICÍPIO


            O Município de Santana do Paraíso foi criado pela Lei Estadual nº: 10.704, de 27/04/1992. Sendo sua emancipação político-administrativa publicada em 28 de abril do mesmo ano. Seu nome anterior era Ipanema.
            Conta a história que a ligação entre as cidades de Ferros e do Calado (atualmente Coronel Fabriciano) era feita em lombos de animais, cortando nossas matas subindo e descendo serras. Entre as matas do Calado iniciava-se um trilho que servia de passagem às tropas e cavaleiros solitários. Afunilando mata adentro, esse trilho passava por Melo Viana, São Geraldo, Morro Escuro, Limoeiro, Barra Alegre, Pedra Branca, Pedreira do Achado, Taquaraçu (Paraíso), Morro do Chico Lucas, Santo Antônio de Caratinga (Mesquita), Joanésia, Ponte do Santo Antônio, Cachoeira do Funil, Dores de Guanhães, Serra do Bruto, Vendinha, Mangueiras e finalmente Ferros.
            Os tropeiros e viajantes solitários, ao pegarem o caminho com o destino a Ferros, ou chegando ao Calado, tinham nas cachoeiras de Taquaraçu seu ponto de parada. Em todo o percurso desta estrada, Taquaraçu era a pousada onde a natureza oferecia o que era de mais belo. Quando as paradas das tropas para descanso eram programadas pelos tropeiros, estes diziam que pernoitariam na Cachoeira do Taquaraçu. Nome devido à predominância dessa planta na região.
            Com o desbravamento da região tornou-se rotina diária o movimento de tropas, cavaleiros solitários e andarilhos nas trilhas entre as matas. Por ser a Cachoeira de Taquaraçu a mais bela e aconchegante de todo esse percurso, nela as paradas eram mais demoradas, forçando assim o surgimento da primeira vendinha de beira de estrada. Com o passar dos tempos foram surgindo outros moradores para desfrutar da natureza e da rica caça e pesca da região. Sendo devolutas, essas terras passaram a ser povoadas, com a construção de casas às margens da bela cachoeira, iniciando, assim a formação do povoado de Taquaraçu.
            Com passar dos tempos o povoado foi crescendo, e seu nome alterado para Santana do Paraíso. Em homenagem à beleza oferecida pela natureza, e à Senhora Santana, padroeira do vilarejo.
            O Município foi constituído através de doação de terreno feita a SANTANA, padroeira da cidade. Naquela época pertencia ao Município de Conceição do Mato Dentro. Tornou-se Distrito em 16/11/1892 através da Resolução Municipal 026, de Itabira e seu nome oficializado através da Lei 556 de 30/08/1911.
A partir de 1923 o Distrito de Santana do Paraíso foi transferido para o Município de Mesquita permanecendo, assim até a data de sua emancipação, em 28 de abril de 1992.
            Os primeiros donos das terras de Santana do Paraíso foram: Josefino Anício dos Reis, Lafaiete Lopes, Salvelino Fernandes Madeira, Pedrinho Soares, Selim José de Sales, Sebastião Coelho e Vicente Barbosa.
            Conta a história que o primeiro homem a passar por aqui vinha de Mesquita, e ao avistar o lugar, ficou tão extasiado e perplexo com sua beleza que se sentiu no Paraíso. Resolveu então dar nome ao local e oferecê-lo a Santana, ficando o lugar conhecido como Santana do Paraíso.
            Santana do Paraíso ganhou fama com a construção da Estrada de Ferro Vitória-Minas (havia uma estação ferroviária, em Ipaba, que funcionou até o ano de 1998), quando eram recebidos cavaleiros e caminhoneiros que ali paravam buscando descanso.
                        Santana do Paraíso expandiu-se devido à construção da USIMINAS, no Município de Ipatinga, a 15 Km da sede do Município. Com a construção do aeroporto da USIMINAS e a criação do Distrito Industrial no território  do município, na época ainda distrito de Mesquita, incrementou-se o processo de desenvolvimento de Santana do Paraíso, proporcionado, assim, o suporte econômico necessário à elevação do Distrito à condição de Município  em 1992.
            Muitos foram aqueles que lutaram para seu crescimento e emancipação política, destacando-se Antônio Luiz - Maneca, Expedito Anício de Oliveira, José Dias Bicalho Filho, Raimundo Anício Botelho e muitos outros que de uma forma ou de outra se dedicaram para que isso acontecesse. Uma cidade livre para buscar seu próprio destino.
                        Realizada a primeira eleição, em 1992, que elegeu Antônio Luiz – Maneca como o primeiro prefeito, que não terminou o mandato, porque veio a falecer. A partir de então, o Município passou a ser comandado pelo Vice-Prefeito – Helvécio Matias de Oliveira até 1996. Em 1996 foi eleito Prefeito, Juarez Antônio da Costa, em 2000, o prefeito eleito foi Raimundo Anício Botelho e em 2004, foi eleito o atual prefeito, o senhor Joaquim Correia de Melo - Kim.
            A cidade mantém a tradição de hospitaleira, refrescando o calor dos turistas e aquecendo no inverno aqueles que vêm assistir à queima da maior fogueira da região.